Nutrição e Psicologia realizam oficinas para profissionais de saúde pública a partir de práticas pedagógicas de metodologias ativas

Considerando também a formação do dia 05 de abril, cerca de 290 profissionais que atuam nas unidades de saúde de Pato Branco foram capacitados

Na última semana, durante os dias 24 e 25, acadêmicos do sétimo período do curso de Nutrição da Faculdade de Pato Branco (FADEP), sob orientação e supervisão de professores, realizaram mais uma capacitação voltada a profissionais da rede municipal de atenção à saúde, que atuam nas unidades situadas nos bairros. O tema principal foi a alimentação complementar de crianças até os 2 anos de idade. A programação, composta por mesas-redondas e oficinas, foi baseada em metodologias ativas, com auxílio do Núcleo de Apoio Pedagógico e Experiência Docente (NAPED) da FADEP.

Docentes de Psicologia também integram a formação. Na abertura, a professora Ma. Isadora Ferreira Primo Moreira, juntamente com a nutricionista e egressa da FADEP, Silvana Turatto Longhi,  conduziram a mesa-redonda, introduzindo os principais assuntos relacionados à temática central da programação. A mediação da mesa-redonda, bem como de parte das oficinas práticas, foi da professora do curso de Nutrição, Ma. Anelise Jaeger Barancelli, que leciona as disciplinas de Nutrição Materna I e II. Ela evidencia que a  alimentação da criança, neste período, moldará como será o funcionamento do seu organismo, bem como seu metabolismo no futuro.

“A introdução de alimentos de forma correta estimulará o organismo a priorizar a utilização de nutrientes ou iniciar o acúmulo de gordura corporal. Por isso, é tão importante iniciar a alimentação complementar na ordem correta, priorizando alimentos sem acréscimo de açúcar, gorduras e sal”, reforça Anelise.

Quem também avalia a abordagem da temática para os profissionais de saúde, é a professora Ma. Graciela Caroline Gregolin, que trabalha as disciplinas voltadas à Nutrição e Saúde Pública. “A alimentação dos 6 meses aos 2 anos é essencial para a formação de bons hábitos alimentares, crescimento e desenvolvimento adequado, bem como para a prevenção de comorbidades futuras, como doenças crônicas não transmissíveis”, completa.

A coordenadora e professora dos cursos de Nutrição e Tecnologia em Gastronomia da FADEP, Ma. Flavia Gnoatto, explica que o projeto foi idealizado a partir da demanda proposta pela Coordenação de Educação em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Pato Branco. “Anualmente, são desenvolvidos projetos do gênero em parceria com o Município. No ano passado, por exemplo, o público-alvo foi composto por merendeiras que atuam nas escolas municipais, quando tivemos a participação de professores e alunos de Nutrição e Gastronomia”, comenta.

Flávia enaltece que o contato direto dos acadêmicos, com demandas reais da comunidade, especialmente aquelas voltadas à área da Saúde, contribui diretamente no processo de formação do estudante. “Essa atuação junto à sociedade é uma demonstração de responsabilidade social, pois os acadêmicos vivenciam a importância do conteúdo teórico, especialmente a função social das suas áreas de atuação. Os alunos saem motivados em querer aprender e seguir para os estágios para estar, novamente, com a comunidade externa, contribuindo para a qualidade da saúde da população”, destaca.

Metodologias ativas

Um dos diferenciais da oficina, é que a prática teve como base metodologias ativas, organizadas pelos docentes dos cursos de Nutrição e Psicologia. “Nos preparamos muito tecnicamente para desenvolver as atividades, especialmente com os alunos do sétimo período de Nutrição, mas o que deixou a capacitação ainda mais atrativa e pedagogicamente eficiente, foi o uso das ferramentas de aprendizagem ativa que estamos estudando nas formações continuadas ofertadas pela FADEP. Com isso, por meio da estratégia de rotação por estações, tivemos a participação de aproximadamente 290 profissionais nos dois dias de formação”, avaliou.

O coordenador do Núcleo de Apoio Pedagógico e Experiência Docente (NAPED), Prof. Me. Denny José Almeida Costa, que é especializado em metodologias ativas inseridas no Ensino Superior, explica que as oficinas foram pensadas nos moldes de rotação por estações, utilizadas quando almeja-se que todos os participantes de um curso passem por todas as experiências ofertadas. “Isso, além de oportunizar que os integrantes vivenciem a totalidade dos conteúdos, proporciona dinamismo por meio da mobilidade, seja pela troca de salas ou de atividades sugeridas”, conta.

O professor Denny evidencia que, certamente, quando o discente é colocado em uma postura que lhe exige articulação de conhecimentos, que se complementam numa lógica próxima do real (ou mais real possível), o mesmo torna-se agente do processo. “Assim, temos a efetividade do ensino através de uma aprendizagem, de fato, ativa. Os cursos envolvidos conseguiram articular com maestria uma formação de alto padrão, na linha das metodologias ativas, agregando conhecimento na valorização do conhecimento empírico, além de articular o mundo acadêmico e a sociedade”, completou.

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Matéria: Profa. Ma. Jozieli Cardenal Suttili / Jornalista MTB 9268 – PR

Coordenadora da Agência Experimental de Comunicação da FADEP.