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Medicina

Diagnóstico complexo e sintomas temporários tornam esclerose múltipla um desafio clínico

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Nesta sexta-feira, 30 de maio, é celebrado o Dia Mundial da Esclerose Múltipla. Segundo dados do Ministério da Saúde, 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo têm esclerose múltipla (EM), sendo que a maioria é diagnosticada entre as idades de 20 e 40 anos, com ocorrência duas a três vezes maior em mulheres do que em homens. A doença é uma das mais comuns do sistema nervoso central, afetando o cérebro e a medula espinhal.

No Brasil, a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que cerca de 40 mil brasileiros convivem com a doença, sendo 85% mulheres jovens e brancas, entre 18 e 30 anos. Em Belo Horizonte, apenas um dos hospitais de referência realiza cerca de 300 atendimentos mensais a pacientes com esclerose múltipla.

O Dr. Vinícius Rodrigues, neurologista e professor do Centro Universitário de Pato Branco (UNIDEP), unidade de ensino da Afya, explica que a esclerose múltipla é uma doença que danifica a mielina, uma substância que cobre e protege as fibras nervosas, permitindo que os sinais elétricos viajem rapidamente entre os neurônios. “Quando essa camada é danificada, a comunicação entre o cérebro e o restante do corpo fica prejudicada, levando aos sintomas da doença”, pontua.

Vinícius também destaca os principais sinais e manifestações clínicas da esclerose múltipla. “Alterações de sensibilidade – como formigamentos ou dormência em braços, pernas ou rosto –, fraqueza muscular, perda de visão parcial ou total (conhecida como neurite óptica), além da mielite, que é a inflamação da medula espinhal e pode causar dor, fraqueza e disfunções motoras ou urinárias”, cita.

Desinformação e mitos

Ainda segundo o médico e professor da Afya, muitas pessoas apresentam sintomas relacionados à esclerose múltipla e não buscam avaliação médica, o que pode atrasar o diagnóstico. “Durante os surtos da doença, os sintomas podem durar alguns dias e desaparecer espontaneamente, o que leva muitos pacientes a ignorá-los ou achar que não foi nada grave. Por isso, é importante que a população esteja atenta a esses sinais”, enfatiza.

Ele também alerta para os mitos que cercam o diagnóstico. “Muitas pessoas entram em pânico ao receberem o diagnóstico de esclerose múltipla, muito por conta de informações alarmistas encontradas na internet. No entanto, é importante saber que, atualmente, os tratamentos disponíveis conseguem controlar melhor a doença e melhorar muito a qualidade de vida dos pacientes – o que representa um avanço significativo em relação ao passado”, conclui.

Atendimento à população

Em Pato Branco, o Ambulatório Municipal - Unidade Escola do curso de Medicina do UNIDEP oferta atendimento especializado e humanizado aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as 17 especialidades médicas ofertadas gratuitamente à população, está a Neurologia.

Atualmente, são cerca de 300 alunos atuando no Ambulatório Escola, acompanhados por cerca de 30 professores médicos. Mensalmente, aproximadamente 1.200 pessoas são atendidas no local. Os pacientes são encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O Ambulatório situa-se na Rua Paraná, 340, Centro de Pato Branco.

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Matéria: Assessoria de Imprensa Afya
Apoio:
Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP
Fotos:
Alan Winkoski, Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP
Contato:
[email protected]

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