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Educação Socioambiental e suas relações com a ética e a política é tema de palestra para acadêmicos de Direito

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Na noite da última quarta-feira (13), em encontro que prossegue na noite desta quarta (20), os acadêmicos da disciplina Direito Ambiental, ministrada pelo professor Francisco Souza Junior para o 7º período do curso de Direito da Fadep, tiveram a oportunidade de assistir à palestra “Educação Socioambiental”, ministrada pelo professor Edival Sebastião Teixeira, Psicólogo, Doutor em Psicologia da Educação pela USP e Docente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UTFPR de Pato Branco. Na pauta, as relações entre educação, ética e sustentabilidade, com o propósito de apresentar a questão socioambiental como uma questão política e ética e a sustentabilidade como um problema de ética.

Em uma abordagem que partiu da apresentação e análise do conceito amplo de educação, Edival construiu uma linha de raciocínio bastante interessante, onde a educação ambiental foi apresentada a partir de um viés onde a ética foi o elemento balizador. Para o pesquisador, a partir desta abordagem, a preservação dos ambientes pode ser compreendida como algo que transcende à questão da forma como a sustentabilidade tem sido difundida no sentido da economia. Com uma fala crítica, Edival apresentou a questão ambiental como, antes de tudo, uma questão política e, exatamente por isso, ética.

Para o professor Francisco Souza Junior, titular da disciplina de Direito Ambiental, e autor do convite ao palestrante, o tema é de uma complexidade extrema, e, por isso mesmo, fascinante. Nesse aspecto, entre tantos pontos abordados por Edival Teixeira em sua explanação, Francisco aponta para o fato de que o desenvolvimento atualmente percebido, seja sob o ponto de vista econômico ou social, não está em sintonia com a sustentabilidade em todas as suas dimensões, quais sejam, sustentabilidade social, sustentabilidade econômica, sustentabilidade ecológica, sustentabilidade geográfica e sustentabilidade cultural, e, portanto, não apenas no que diz respeito à preservação dos recursos naturais, mas também em relação à educação propriamente dita, à formação do ser humano e do acesso às condições sociais adequadas. “Em um cenário marcado, principalmente nos grandes centros, por ocupações irregulares de favelas e pouco acesso a recursos naturais, torna-se fundamental compreender a educação para se alcançar a sustentabilidade como uma questão ética, e, portanto, política, logo, não é possível se falar em educação apenas como algo voltado para a formação profissional, social ou econômica, de forma isolada, mas deverá abranger, necessariamente, a questão ambiental como sustentabilidade e desenvolvimento pleno do ser humano, em todas as suas dimensões, não só para a presente, como também para as futuras gerações”, concluiu Francisco.

O encontro com o professor Edival Sebastião Teixeira terá prosseguimento nesta quarta-feira (20), com novas questões pertinentes à educação ambiental sendo apresentadas aos acadêmicos para reflexão e debate.

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