Curso de oratória jurídica estimula acadêmicos à pratica de sustentações orais

Com o intuito de apresentar aos acadêmicos do curso de Direito algumas das principais técnicas de oratória, recurso que sempre é um diferencial para os operadores do direito, principalmente para os que pretendem atuar no Tribunal do Júri ou em sustentações orais nas instâncias superiores, a coordenação do curso, juntamente com a coordenação de extensão da Fadep, realizou um curso de oratória jurídica que, em sua primeira edição, reuniu um grupo de 16 acadêmicos de Direito, além de um aluno do curso de Enfermagem, interessado em aprimorar sua comunicação interpessoal.

Ministrado pelo professor Andrei Copetti, Mestre em Comunicação Social e com experiência em treinamentos dessa natureza, o curso abordou desde elementos pertinentes à forma com a qual o indivíduo se comunica com seus semelhantes, até técnicas específicas de elaboração de discursos e sustentações orais. Como o curso estava focado em um público predominantemente composto por estudantes de Direito, Copetti, que além da formação em Comunicação Social também possui formação na área jurídica, primou por enfatizar elementos voltados para a oratória em situações de defesa, o que, segundo ele, exige com que a abordagem em relação aos argumentos utilizados tenham uma abordagem específica. “Embora a presença de um acadêmico do curso de Enfermagem, para quem preparamos alguns tópicos especiais, haja vista seu desconhecimento de questões pertinentes ao Direito, tivemos o cuidado de direcionar nossa abordagem para a construção do discurso pensando na atuação do advogado perante o tribunal do júri e de tribunais de maneira geral” destacou, lembrando, porém, que as técnicas trabalhadas durante o curso só serão aprimoradas a partir da prática diária por parte dos acadêmicos.

A importância da oratória para os operadores do Direito, a propósito, é destacada pela coordenadora do curso, professora Cláudia Cagliari, para quem “a oratória é peça fundamental no exercício do Direito, compreendendo a aplicabilidade oral nas diversas situações que o profissional do Direito é solicitado a se manifestar”. Segundo a professora Cláudia, o módulo encerrado na semana passada é apenas a primeira experiência com cursos dessa natureza, o que, a partir da boa aceitação e da participação dos acadêmicos, fará com que novas turmas sejam formadas em breve. Em complemento à intenção da coordenação do curso de Direito, o ministrante do curso entende que é preciso tornar a oratória jurídica algo permanente entre os acadêmicos, de forma a fazer com que o medo de falar em público seja algo totalmente superado ao final do curso. “Nossa intenção é fazer com que tenhamos um programa regular de atividades relacionadas à oratória, seja através das oferta de novas edições do curso, inclusive ampliando-o para acadêmicos de outras graduações, ou, então, mantendo programas como um clube de oratória, experiência que tem dado muito certo em outras instituições”, complementa Copetti.

Na visão da coordenadora de extensão da Fadep, professora Gisele Parzianello, a primeira edição do curso de oratória jurídica vem ao encontro de um dos compromissos da Fadep, no sentido de além de uma formação cidadã, proporcionar a seus acadêmicos todas as condições para que, ao final de suas graduações, estejam devidamente preparados para enfrentar os desafios impostos pelo mercado. Nesse aspecto, para ela, “o curso de oratória vem para aprimorar as habilidades necessárias aos futuros advogados e operadores do direito, área na qual o domínio da comunicação interpessoal, principalmente no que diz respeito à comunicação oral e da eloquência é condição inerente aos bons profissionais”.

As coordenações de Direito e de Extensão já estão preparando um novo módulo do curso, bem como novas atividades que permitam com que a prática da oratória seja algo habitual entre os acadêmicos.